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O Mordomo Patriarca

  • Paulo de Lencastre
  • Mar 2
  • 13 min read

Updated: Mar 3

E Severino, de pé, à porta da casa grande, vigia a memória da matriarca. Já não tem de ver quem passa. Só enxerga terras sem fim de cana de açúcar, a perder-se no céu azul de chumbo da noite a cair. Ficam luzes trémulas douradas a cintilar no vazio.

1932 -
1932 -

Em frente era cana a perder de vista. Nascera no Engenho Poeta, na planura ao fundo, para lá da divisa. Eram tudo terras de primos. Quando o pai foi transferido para o Engenho Camaragibe, como cuidador do pomar da casa grande, a mulher e os filhos vieram atrás. Severino, que se lembre a trabalhar, era puxador de carro de boi carregado com semente de cana para plantar. Em Camaragibe, para andar junto do pai, entrou para copeiro da casa grande. Copeiro de baixo, do piso térreo. Para ao primeiro andar só iam moças, para poderem entrar nos quartos das meninas da casa.


1908 - 2006
1908 - 2006

A dona da casa era D. Maria, casada com Dr. Samuel. Tinham onze filhos, sete moças e quatro rapazes. A mais velha estava a fazer 18 anos, já tinha noivo. A mais nova era um bebé lindo de 3 anos. Severino, com 13 anos, ficava no meio, cinco mais velhos, seis mais novos, entre o Dr. Joaquim que foi para embaixador, e o Dr. João que foi para jesuíta. 


O Recife era uma cidade sem ascensão social. As famílias dos engenhos casavam-se entre elas. O açúcar dominava tudo. Os meninos levavam pão com manteiga e açúcar para a escola. D. Maria, quando não havia doce, comia uma colher de açúcar. Viveu quase até aos 100 anos. Severino ia agora em 92. O açúcar nunca fez mal a ninguém.


Camaragibe, como engenho de açúcar, datava da chegada dos portugueses, no princípio do século 16. Era o maior engenho da colónia. Os donatários eram judeus, convertidos em cristãos novos. Deve ter sido o lugar da primeira sinagoga das Américas, clandestina, resguardada da inquisição pelo canavial. Bem anterior à sinagoga oficial mais antiga, que fica na Rua dos Judeus, no centro do Recife, construída sem segredo no século 17 com a liberalidade religiosa dos holandeses. A primeira linhagem judaica dos donos do engenho foi exterminada pela inquisição antes dos holandeses chegarem. As terras foram entregues a cristãos mais sólidos, que no lugar construíram uma igreja, e ajudaram a expulsar os holandeses na insurreição pernambucana. Mais tarde, à volta da igreja, cortando-lhe as paredes para ficar só uma capela, fizeram uma casa grande maior. Foi assim que, em linhagem quase sempre feminina, chegou à herança de D. Maria.


Severino foi-se tornando da família. Fez-se homem sem se notar. Só viam mesmo as empregadas mais novas com que ia trocando um namorico. O casamento com a jovem cozinheira deu-lhe acesso mais próximo à dona da casa. E mais ainda quando a mulher o trocou e foi embora, deixando-lhe três filhos nascidos para criar. Corria na cozinha que o mais velho nem era dele. O pacto protetor com D. Maria ficou mais forte. Casou com a nova cozinheira que lhe deu mais dois filhos. D. Maria gostava dele e foi-o ensinando, e adotando como braço direito para a lide da casa.


Quando o marido ficou doente, a precisar de cuidador homem, Severino foi o escolhido natural. O Dr. Samuel tinha tido um ataque que lhe paralisou o braço e quebrou muito o andar. Severino acompanhou-o até morrer. Morreu cedo, antes de virar os 70 anos. D. Maria tinha 61 e Severino 37. Os dois não precisaram de nenhuma conversa para perceberem que o destino, se lhes desse longa vida, os uniria até à eternidade.


A casa foi-se esvaziando no dia a dia. Mas enchia tumultuada nas festas de família. Os filhos de D. Maria, em especial os homens, vinham de todos os cantos do mundo. Da física quântica (o mais velho) à engenharia aeronáutica (o mais novo). Da reitoria de uma universidade jesuíta à chancelaria de uma capital, em qualquer país distante (os do meio). Quando aterravam em Camaragibe, maridos, mulheres, e até já os filhos mais velhos, davam ordens aos empregados. Numa manhã de Natal, antes do almoço, D. Maria reuniu-os a todos na sala de jantar, à volta da mesa grande, e decretou: – Aqui quem dá ordens aos criados sou eu. E se eu não estiver quem dá ordens é o Severino.   


D. Maria gostava de controlar a casa. Quando ficou viúva mudou do quarto grande, com cama de casal, para um quarto mais pequeno, com cama de corpo e meio. A cama de casal, enorme, passou a ser a cama dos netos. Era um recreio suspenso. Tanto servia para as babás mudarem as fraldas, como para os meninos se rebolarem entretidos e, cansados, adormecerem. O novo quarto de D. Maria era no meio da casa, sem janelas diretas. Dava para uma porta que dava para a varanda. Ficava ao lado da escada que vinha do piso térreo para o primeiro andar. E assim, à noite, ouvia quem subia ou descia pela escada, de madeira, que rangia quando alguém passava.


Quando a geração dos netos começou a levar os namorados, Severino, com todo o cuidado, arrumava os meninos novos nos quartos dos netos e as meninas novas nos quartos das netas. Mas à noite os namorados trocavam de quartos, e até desciam por outra escada, que não rangia, e D. Maria já não controlava. Mas todos sabiam que Severino, não se sabe como, sabia de tudo.


A descrição de Severino ainda lhe dava mais poder. Os filhos de D. Maria aceitavam-na com naturalidade. No princípio só porque estavam longe. Era bem cómodo chegarem com a casa limpa, as compras feitas, e os criados a cumprir em paz. Só viam as camas prontas, as toalhas perfumadas em cima, e o café da manhã fumegando, preparado aos horários de cada um. Depois, quando a geração dos netos crescia, Severino geria a moral da casa. Poupava aos pais detalhes que ele achava melhor não saberem. Nem eles nem D. Maria. Ela como boa avó, e os pais por descanso, preferiam mesmo que fosse só Severino a saber, e até a julgar, com a sua experiência da vida e de amores. 


Severino, no inconsciente, foi-se adaptando ao papel de tutor silencioso. Até no pormenor do tratamento dos meninos da casa. Os filhos rapazes de D. Maria, tratava-os pelo nome até se formarem, depois acrescentava o Doutor. As filhas tratava-as por Dona mal pressentia que era conveniente sentirem-se adultas. Os netos, são mais de quarenta, trata-os sempre pelo nome, mesmo depois de adultos. Mas, com respeito, acrescenta Dona ou Doutor quando fala deles aos outros.     


Severino ficou de novo viúvo quando a segunda mulher morreu de câncer. Casou cinquentão com a cozinheira mais jovem, a terceira, que já tinha uma filha. Tiveram juntos mais um filho. E agora ele sabe, descansado, com a mulher muito mais nova, que vai ter uma mulher para o enterrar.


Por essa altura da vida aprendeu a ler. D. Maria já não conseguia ler à distância. Passou a ter de subir a um banco, e a ficar de pé encostada às prateleiras da dispensa, para ler e escrever as marcas dos produtos que era preciso comprar. Severino começou a subir em vez de D. Maria, e a trazer-lhe cada embalagem. Quando começou a perceber a que som correspondia cada letra, soletrava a D. Maria que, sentada cá em baixo, anotava no caderno das compras. Depois começou a desenhar as letras no caderno, e a escrever como falava. A sua escrita era um estropiado rigoroso, um código que D. Maria lhe foi afinando e tornando público. Aos poucos, passou a ser ele a escrever no caderno dos telefones da casa os nomes dos artistas. Fez a sua seleção de confiança, os pedreiros, de muro e de dentro, o marceneiro, o encanador, o eletricista, o chaveiro, o sapateiro.  


Hoje, quando Cecília quer usar o caderno para ajudar Severino a chamar alguém, percebe que tem de procurar nomes novos na internet do seu celular. O número do caderno não responde, e quando responde é para dizer que já morreu, ou que não sabem quem é.


Depois de D. Maria morrer, a dois anos de fazer cem, D. Cecília, a filha caçula, no meio dos sessenta, ficou a tratar da casa. No testamento D. Maria disse que a casa, como estava, era para ser aberta ao público. Para mostrar como se vivia numa época que chegou ao fim. D. Cecília, com os filhos criados, ficou guardiã do propósito. Deixou o seu apartamento na Avenida Beira Rio, no Recife residencial, e voltou para Camaragibe. Severino vê nela uma reincarnação de D. Maria. Só que agora os papéis invertem-se. D. Cecília era a bebé da casa quando Severino chegou. Tinha mais dez anos do que ela. Severino sabe que agora é ele a memória da ordem antiga. Muitas noites vinha para a sala contar histórias a D. Cecília. As mesmas que D. Maria lhe contara durante cinquenta anos. Ficava sempre de pé. D. Cecília dizia-lhe para se sentar mas ele não queria. Não era assim que D. Maria o ensinara. D. Cecília insistia, que agora os tempos mudaram, era diferente. Severino, então, fazia um esforço para sair do seu corpo, e acedia.


As histórias muitas vezes eram lendas antigas que demoravam tempo a contar. D. Maria revia-se na primeira dona do engenho. D. Branca era uma judia cristã nova, que partira com o marido de Viana do Castelo em Portugal com medo da inquisição. Quando ficou viúva foi a primeira mulher a comandar um engenho na colónia, e a abrir uma escola para meninas. Uma negrinha ainda hoje aparecia no corredor da biblioteca, por uma porta junto à capela, para rezar. Nas últimas obras cegaram a porta e a negrinha desapareceu. Nunca a procuraram. Nem às joias escondidas, submersas pela viúva no poço da casa. Quem as descobrisse não voltava mais. É que a viúva foi presa por denúncia de práticas judaicas por um frade que a assediava. Junto com filhos, netos, empregados e frequentadores da casa. Um deles foi acusado de ser o gabai da sinagoga clandestina de Camaragibe. Foi condenada e queimada na fogueira pela santa inquisição, em Lisboa, quando quem mandava em Portugal era o rei espanhol Filipe, o Piedoso (1).



Em Camaragibe, agora, Severino é o escudeiro de D. Cecília. Filtra-lhe os problemas de obras e empregados, e tudo o que pode decide por ela. Um dia D. Cecília sentiu uma tontura forte quando vinha a chegar no carro a Camaragibe. Severino, sem lhe dizer nada, chamou o filho dela para a vir buscar e a levar de volta, a casa e ao médico. Tinha uma labirintite.


Cecília, ao beirar os setenta anos, começa a sentir que o desígnio da mãe já não é para ser realizado por ela. No Brasil do Nordeste as coisas são lentas. Regressa à sua Avenida Beira Rio para estar mais próxima dos netos. E vai uma vez por semana a Camaragibe. Severino deixa-lhe sempre a cama pronta para ela poder ficar. Mas ela já não fica.


Severino por seu lado não tem de decidir o futuro, só tem de cuidar do presente. Foi assim que D. Maria o ensinou. D. Maria decidia o loteamento das terras porque a cidade avançava e as invasões se sucediam. Severino mantinha as pratas limpas e os móveis encerados. Tinha uma rotina que ela lhe ensinou e que ele hoje segue sem pensar. Hoje é ele, sem saber, que faz o caminho diário que ainda permite o propósito do testamento de D. Maria.    


Há poucos anos fez uma operação às cataratas. D. Cecília disse-lhe que agora é que ele ia ver como estava cego. Fez a operação ao primeiro olho e correu bem. – Já estou enxergando de novo! Fez ao segundo olho e teve algumas complicações. O médico desencantou-o. – Você não vai ter mais a vista de um menino de 15 anos. – Doutor, como poderia ter se já tenho quase 90? Na longa convalescença estava proibido de sair de casa. A casa dele fica em frente à casa grande, do outro lado da rua, com carros a passar. A mulher veio queixar-se a D. Cecília, que insistisse para ele não sair. – Severino, os serviços na casa grande esperam. Ele contraria a mulher e D. Cecília: – O mal é nos olhos, não é nas pernas. E depois vem ao carro, baixinho, segredar: – D. Cecília não diga isso à minha mulher porque eu já não aguento mais ficar em casa.



Desde que Cecília deixou Camaragibe há dez anos os empregados mais novos começaram a não respeitar Severino como dantes. Já o tratam por “pai” mesmo diante dela, o que é um desrespeito. Ela agora força como não fazia dantes: – Vão chamar o Seu Severino. E ele muitas vezes não lhe conta os desrespeitos, à casa e a ele. – D. Cecília, não adianta pelo telefone, só quando a senhora vier é que se pode resolver. 


– Eu faço de conta que não ligo. Cecília lamenta, cansada de contrariar um tempo que também já não é o dela. O projeto da casa de visitação da mãe é difícil porque a prefeitura não tem fundos. Um hotel de charme é uma possibilidade. Talvez prematura porque o Recife turístico ainda é só sol e praia. E Camaragibe está longe do mar.


Há cem anos, ingleses residentes no Recife, entre metalúrgicos de moendas de cana, engenheiros de bondes elétricos, ou banqueiros vendedores de ações, alugaram a casa grande do Engenho Poeta, e um pasto verde à volta, para fazer um campo de golfe. Um projeto visionário em que os greens eram vedados com arame farpado para o gado não entrar. E onde os golfistas urbanos se entrincheiravam quando sentiam medo do olhar selvagem de um boi a pastar. Severino, menino de outro espaço e de outro tempo, não entendia. Hoje, os poderosos Brennand, magnates dos cimentos e da arte moderna, trazem os meninos das escolas e os turistas do aeroporto para visitar os ateliers surrealistas e os castelos medievais que construíram nos antigos engenhos de família. – Podiam vir depois tomar um café a Camaragibe. Severino, que agora entende tudo, serviria como há cem anos, num ritual sem tempo. Camaragibe tem uma história muito mais antiga…


Mas o tempo não para. Camaragibe para o mundo não é mais um engenho. É uma cidade satélite do Recife. Faz parte da sua área metropolitana. Há pouco mais de 100 anos a família vendeu uma parcela de terra para uma fábrica de tecidos. Ao lado nasceu uma vila operária planeada pela fábrica. Há pouco mais de 50 anos D. Maria ainda conseguiu organizar os primeiros loteamentos à borda da estrada. Mas, nas traseiras, as suas terras iam sendo invadidas e afaveladas. Eram rurais, sertanejos, sem dinheiro e sem abrigo, chegados à cidade grande na miragem de uma vida melhor. D. Maria ajudava os que lhe batiam à porta. Dava comida e conselhos na casa grande, médico amigo que os atendia, conta aberta na farmácia que pagava ao fim do mês. Há menos de 50 anos a nova urbe emancipou-se como município e elegeu o seu primeiro perfeito. Há 10 anos o metro do Recife chegou com uma estação. Hoje dormem aqui mais de 150 mil almas, é o oitavo município mais povoado do estado de Pernambuco.


Do alto do morro da casa grande de Camaragibe, Severino aguarda o fim do dia. Cá em baixo o trânsito intenso sufoca a praça grande da cidade. É um jardim no sopé do morro, um pedaço de terra antiga de açúcar cruzada de ruas e passeios.  Um seta turística – Casa de Maria Amazonas – indica uma ladeira, silenciosa, que a esta hora ninguém sobe. Foi a prefeitura que mandou fazer a praça, para o povo, num contrato de comodato com a família. Os meninos brincam nos baloiços, os velhos descansam nos bancos do jardim. À volta os prédios crescem. Luzes brancas acendem e encandeiam o por do sol. Só a casa grande fica na penumbra, para a família, as suas almas, poderem dormir. O contrato prevê que não haja música alta nos dias de festa. Mas D. Maria já não precisa de dormir. O seu olhar, por entre as estrelas, procura entender o destino. E Severino, de pé, à porta da casa grande, vigia a memória da matriarca. Já não tem de ver quem passa. Só enxerga terras sem fim de cana de açúcar, a perder-se no céu azul de chumbo da noite a cair. Ficam luzes trémulas douradas a cintilar no vazio. Uma delas, ao fundo, à volta da casa grande do Engenho Poeta, é a casa pequenina, de taipa de barro vermelho a descarnar à chuva, onde se lembra de nascer.


Recife, janeiro de 2025

Paulo de Lencastre


(1) Carlos Drummond de Andrade, em Discurso de Primavera e Algumas Sombras, 1978:


Branca Dias

paixão de frade

em seu engenho

da Paraíba

repele o amor

pecaminoso.

O amor se vinga:

é acusada

de judaísmo.

Já vão prendê-la.

Atira joias

e prataria

na correnteza.

A água vira

Riacho da Prata.

Morre queimada

no santo lume

da Inquisição

em Portugal.

Reaparece

na Paraíba

em Pernambuco

sob o luar

toda de branco

sandálias brancas

cinto azul-ouro.

Branca Dias

— garantem livros —

nunca existiu,

é lenda pura

de lua cheia.

E a Inquisição

provavelmente

outra ilusão.


Cronologia

1534 Duarte Coelho, casado com D. Brites de Albuquerque, sobrinha de Afonso de Albuquerque, Vice-Rei da Índia portuguesa, é empossado pelo rei D. João III de Portugal como primeiro donatário da capitania de Pernambuco. 

1542 Diogo Fernandes, casado com D. Branca Dias, cristãos novos de Viana do Castelo, da confiança de Duarte Coelho, recebem em sesmaria a terra de Camaragibe, com a obrigação de ali plantar cana de açúcar e construir um engenho.  

1565 Morre Diogo Fernandes, e a viúva D. Branca assume o comando do Engenho Camaragibe.    

1589 Morre D. Branca em Camaragibe, octogenária.

1593 O Tribunal do Santo Ofício chega a Pernambuco, às ordens do rei Filipe III de Espanha, que reina em Portugal.

1601 A família de D. Branca é condenada por práticas judaicas e desapossada dos seus bens. Os ossos de D. Branca são desenterrados e levados para Portugal, para serem queimados em auto de fé em Lisboa.

1645 João Fernandes Vieira, casado com D. Maria César, nobres da ilha da Madeira, ela ligada à família Albuquerque de quem também descende D. Maria Amazonas, recebem a sesmaria do Engenho Camaragibe.

1645 Início da Insurreição Pernambucana que juntou os senhores de engenho contra a Companhia das Índias Ocidentais holandesa e restaurou a soberania de Portugal na colónia. João Fernandes Vieira é um dos líderes e acampa os seus soldados em Camaragibe.

1860 D. Ana Correia de Araújo, herdeira do engenho, recebe com seu marido e primo Pedro Cavalcanti de Albuquerque, grande jurista e professor de Direito, o título de Viscondes de Camaragibe pelo imperador D. Pedro II do Brasil.   

1893 A Fábrica de Tecidos de Camaragibe é fundada em terra comprada ao engenho, e nela instala a primeira vila operária planificada da América Latina. 

1908 Nasce D. Maria Amazonas em Camaragibe (fotografia retirada de site de genealogia), que herda o engenho da sua avó Antônia, herdeira por sua vez da sua tia avó Ana, a Viscondessa de Camaragibe.

1926 D. Maria (18 anos) casa com Dr. Samuel Mac Dowell (27 anos), advogado e professor de Direito no Recife. 

1927 Nasce a primeira filha Dolores.

1928 O Pernambuco Golf Club, criado por um grupo de ingleses residentes no Recife, aluga 20 hectares de pastos no Engenho Poeta, vizinho de Camaragibe, para fazer um campo de golfe de 9 buracos.

1932 Nasce Severino no Engenho Poeta, Recife.

1942 Nasce a última filha Cecília.

1945 Severino (13 anos) vai trabalhar para Camaragibe. 

1946 Nasce o primeiro neto, filho de Dolores.

C 1960 D. Maria faz os primeiros loteamentos ao longo da estrada principal que sai do Recife para o interior de Pernambuco.

1969 Morre Dr. Samuel.

1982 Camaragibe autonomiza-se como município e elege o seu primeiro perfeito. 

2006 Morre D. Maria (98 anos).

2014 A rede de metro do Recife inaugura a estação de Camaragibe. 

2017 É criada a sociedade Engenho Camaragibe Participações Ltda. com os herdeiros de D. Maria.

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